Pular para o conteúdo principal

China é mesmo um risco? “Foto é ruim, mas contexto é melhor” do que no passado, diz gestor

Há meses, a desaceleração do crescimento econômico da China – e seus impactos nos mercados – tem sido fonte de dúvidas entre os investidores. Mas para alguns agentes de mercado, o risco embutido na economia asiática pode ser menor do que o imaginado.

“A China não está tão ruim assim”, diz João Luiz Braga, sócio e analista de investimentos na gestora Encore. “Se você quer saber se um país está indo mal, é preciso olhar para as ações dos bancos, e as ações dos bancos chineses estão tranquilas”.

Segundo Braga, novas más notícias sobre a China têm saído, porém sem “fazer preço” nos mercados – o que “dá coragem”. “Um mês atrás, vi o transatlântico virando para outro caminho, com mais estímulos”, diz o gestor da Encore.

Para Andrew Marc Reider, CIO da gestora WHG, atualmente se vê na China uma “foto ruim, mas um contexto melhor” do que o de dez anos atrás – quando a foto era positiva, mas o contexto, ruim.

Oferta Exclusiva
CDB 230% do CDI
Invista no CDB 230% do CDI da XP e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

“O país estava despejando muito dinheiro para um crescimento focado em infraestrutura. Construíram cidades fantasmas, alavancaram a economia e essa situação chegou em um limite que estamos vendo agora”, diz. “Foi um crescimento irresponsável que agora está sendo repensado”.

Atualmente, a “foto” é de um país em desaceleração, com empresas imobiliárias apresentando problemas pela alavancagem do passado. Mas o governo, segundo Reider, está focado em desalavancar e a China está entrando em outro ciclo econômico.

“A classe média da China tem um potencial muito grande, e é nisso que o país se concentra agora. Em impulsionar a economia local com juros baixos”, diz o gestor. “Parece ruim, mas é um processo para ser melhor e mais sustentável no futuro. Não serão números grandes como vimos no passado; são mais modestos, para a acomodação”.

Para João Landau, fundador da Vista Capital, há duas “Chinas” e uma “guerra fria” de investimento tecnológico entre o país e os Estados Unidos”. O gestor tem uma posição em ativos de tecnologia da China contra a Europa – continente que, segundo Landau, virou importadora líquida de carros chineses, depois de ter exportador para o país asiático.

Braga, Reider e Landau participaram da Expert XP 2023, evento sobre investimentos da XP Inc.

Newsletter
Quer aprender a investir – e lucrar – no exterior?
Inscreva-se na newsletter do InfoMoney para receber informações sobre tributação, procedimentos de envio e sugestões de alocação para seu dinheiro lá fora. É de graça!

The post China é mesmo um risco? “Foto é ruim, mas contexto é melhor” do que no passado, diz gestor appeared first on InfoMoney.



source https://www.infomoney.com.br/onde-investir/china-e-mesmo-um-risco-foto-e-ruim-mas-contexto-e-melhor-do-que-no-passado-diz-gestor/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

De Pequim a Lisboa: quais são as 10 melhores cidades para combinar trabalho e lazer 

O trabalho híbrido e remoto, que ganhou força durante a pandemia, tornou-se um arranjo permanente para muitas empresas, permitindo um equilíbrio maior entre trabalho e lazer. Nesse sentido, o International Workplace Group (IWG) elaborou um ranking com as dez melhores cidades do mundo para trabalho e lazer (ou férias). Em 2024, a primeira posição da lista é ocupada pela capital húngara, Budapeste, seguida por Barcelona (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil). Uma mudança quase completa em relação aos locais escolhidos no ano anterior, que foram Barcelona, Dubai (EAU) e Praga (República Tcheca). Leia também: Morar fora em 2024: veja países baratos, como investir e mais para fazer real durar no exterior O resultado deste ano, divulgado pelo portal CNBC na última quarta-feira (21), corresponde a uma pesquisa com 1.000 profissionais que trabalham de forma híbrida ou remota pelo mundo. Segundo a IWG, o levantamento considera a pontuação de dez categorias: acomodação, alimentação, clima, c...

Nunes, Datena e Boulos têm empate triplo em SP, mas prefeito leva melhor no 2º turno

A 68 dias das eleições municipais , o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) , o apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) estão tecnicamente empatados na disputa pela prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (30). Baixe uma planilha gratuita para calcular seus investimentos em renda fixa e fuja dos ativos que rendem menos O levantamento, realizado entre os dias 25 e 28 de julho, mostra que, em cenário estimulado (ou seja, quando são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) de primeiro turno, Nunes (MDB), que tenta a reeleição, mantém a liderança numérica na corrida, com 20% das intenções de voto − 2 pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior, divulgada em junho. Logo atrás, Datena e Boulos , com 19% cada. Em um mês, o primeiro variou positivamente 2 p.p., ao passo que o segundo escorregou na mesma proporção. Como a margem máxima de erro é de 3,1 pontos percentuai...

Quanto rendem R$ 100 mil no CDB? Veja simulação para diferentes prazos e tipos

A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, foi elevada para 10,75% ao ano em setembro e, diante do cenário macroeconômico local, a expectativa do mercado é que o Banco Central faça novos ajustes para cima ainda em 2024, o que pode beneficiar os CDBs, muito procurados por pessoas físicas. O InfoMoney simulou quanto R$ 100 mil investidos nesses títulos de renda fixa renderiam em um, dois e três anos. Foram considerados tanto os CDBs atrelados à inflação como os pós (indexados ao CDI) e os prefixados. Quanto rendem R$ 100 mil em CDB de inflação Os CDBs de inflação devolvem ao investidor o montante aplicado corrigido pela média da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, mais uma taxa prefixada. No caso desse tipo de aplicação, R$ 100 mil alocados nesta segunda-feira (14) gerariam um rendimento líquido de  R$ 8.762,47  a  R$ 28.483,34  entre um e três anos, já descontado o imposto de renda (IR), que varia entre 22,5% e 15%, con...