Pular para o conteúdo principal

Argentinos vão às urnas em meio a caos econômico e com perspectiva de disputa seguir no 2° turno

Cerca de 35,8 milhões de argentinos vão às urnas neste domingo (22) para escolher o presidente que vai assumir o comando do país, que deve fechar 2023 com uma inflação superior a 180% e com um PIB (Produto Interno Bruto) 2,8% abaixo do observado no ano passado, pelas projeções dos economistas.

A pobreza já alcança mais de 40% da população, segundo as pesquisa mais recentes.

Para administrar esse caos econômico, despontam três candidatos: o ministro da Economia Sergio Massa, da coligação União Pela Pátria; o economista ultraliberal Javier Milei, do A Liberdade Avança; e a ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich, do Juntos Pela Mudança.

Correm por fora, com poucas chances na disputa, o ex-governador de Córdoba Julian Schiaretti, do Partido Justicialista, e a ex-deputada Myriam Bregman, da coligação Frente de Esquerda e Trabalhadores.

Segundo especialistas consultados pela imprensa local, as pesquisas dos últimos meses mostram que é grande a possibilidade de a disputa terminar só em um segundo turno entre os dois candidato com mais votos. A nova votação aconteceria em 19 de novembro.

Pelas regras eleitorais da Argentina, quem obtiver 45% dos votos válidos ou alcançar um patamar de 40% com uma diferença mínima de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado será considerado o vencedor. Praticamente nenhum levantamento anterior colocou qualquer dos pleiteantes ao cargo nessa posição.

Masterclass FIA
Operador de Mercado Financeiro
Torne-se um especialista no setor que mais precisa de gente qualificada e alavanque sua carreira em tempo recorde

Tomando por base o que ocorreu nas eleições primárias (PASO) em agosto, os resultados preliminares deste domingo devem ser conhecidos por volta das 22h30. A divulgação de pesquisas e enquetes está proibida até 21 horas.

Economia no foco

Com a crise, a economia naturalmente se tornou o grande temas das entrevistas, declarações e comícios durante campanha, bem como dos dois debates transmitidos pela TV.

Há claras diferenças de abordagem para a recuperação econômica do país. Massa, candidato governista, passou meses renegociando acordos antigos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), conseguindo, por fim, novos aportes do organismo, numa tentativa de esticar ao máximo a capacidade de pagamento e as reservas internacionais do país até o processo eleitoral ser concluído.

Ele insiste em saídas negociadas e destaca a necessidade de reunificar o país, onde, a exemplo do Brasil, a polarização de forças políticas permanece.

Já Milei, adepto de uma filosofia ultraliberal na economia, defende um programa de profundos cortes de gastos públicos – o símbolo de sua campanha, não por acaso, foi uma motosserra. Também vende a dolarização formal da economia como solução para os preços internos.

Apoiada pelo ex-presidente Mauricio Macri, Patricia Bullrich também é defensora da redução do papel do Estado na economia, mas acredita numa saída bimonetária, com o peso e o dólar continuando a serem usados no dia a dia.

Seja qual fora o resultado neste domingo – ou depois de mais um mês de disputa – o que se espera é que a moeda argentina passe por uma forte depreciação a partir de dezembro, quando o novo presidente assumirá o cargo.

Também serão eleitos 130 deputados, de um total de 257, e 24 senadores, de um total de 72.

Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

The post Argentinos vão às urnas em meio a caos econômico e com perspectiva de disputa seguir no 2° turno appeared first on InfoMoney.



source https://www.infomoney.com.br/economia/argentinos-vao-as-urnas-em-meio-a-caos-economico-e-com-perspectiva-de-disputa-seguir-no-2-turno/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

De Pequim a Lisboa: quais são as 10 melhores cidades para combinar trabalho e lazer 

O trabalho híbrido e remoto, que ganhou força durante a pandemia, tornou-se um arranjo permanente para muitas empresas, permitindo um equilíbrio maior entre trabalho e lazer. Nesse sentido, o International Workplace Group (IWG) elaborou um ranking com as dez melhores cidades do mundo para trabalho e lazer (ou férias). Em 2024, a primeira posição da lista é ocupada pela capital húngara, Budapeste, seguida por Barcelona (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil). Uma mudança quase completa em relação aos locais escolhidos no ano anterior, que foram Barcelona, Dubai (EAU) e Praga (República Tcheca). Leia também: Morar fora em 2024: veja países baratos, como investir e mais para fazer real durar no exterior O resultado deste ano, divulgado pelo portal CNBC na última quarta-feira (21), corresponde a uma pesquisa com 1.000 profissionais que trabalham de forma híbrida ou remota pelo mundo. Segundo a IWG, o levantamento considera a pontuação de dez categorias: acomodação, alimentação, clima, c...

Nunes, Datena e Boulos têm empate triplo em SP, mas prefeito leva melhor no 2º turno

A 68 dias das eleições municipais , o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) , o apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) estão tecnicamente empatados na disputa pela prefeitura de São Paulo, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (30). Baixe uma planilha gratuita para calcular seus investimentos em renda fixa e fuja dos ativos que rendem menos O levantamento, realizado entre os dias 25 e 28 de julho, mostra que, em cenário estimulado (ou seja, quando são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) de primeiro turno, Nunes (MDB), que tenta a reeleição, mantém a liderança numérica na corrida, com 20% das intenções de voto − 2 pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior, divulgada em junho. Logo atrás, Datena e Boulos , com 19% cada. Em um mês, o primeiro variou positivamente 2 p.p., ao passo que o segundo escorregou na mesma proporção. Como a margem máxima de erro é de 3,1 pontos percentuai...

Quanto rendem R$ 100 mil no CDB? Veja simulação para diferentes prazos e tipos

A taxa básica de juros do Brasil, a Selic, foi elevada para 10,75% ao ano em setembro e, diante do cenário macroeconômico local, a expectativa do mercado é que o Banco Central faça novos ajustes para cima ainda em 2024, o que pode beneficiar os CDBs, muito procurados por pessoas físicas. O InfoMoney simulou quanto R$ 100 mil investidos nesses títulos de renda fixa renderiam em um, dois e três anos. Foram considerados tanto os CDBs atrelados à inflação como os pós (indexados ao CDI) e os prefixados. Quanto rendem R$ 100 mil em CDB de inflação Os CDBs de inflação devolvem ao investidor o montante aplicado corrigido pela média da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, mais uma taxa prefixada. No caso desse tipo de aplicação, R$ 100 mil alocados nesta segunda-feira (14) gerariam um rendimento líquido de  R$ 8.762,47  a  R$ 28.483,34  entre um e três anos, já descontado o imposto de renda (IR), que varia entre 22,5% e 15%, con...