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Brasileiros “perdem” até R$ 25 bi em 1 ano com a poupança; compare rendimentos

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Os brasileiros estão investindo como nunca, com especial foco na renda fixa, dado o patamar ainda alto da taxa Selic, que segue em 10,50% e, segundo o Banco Central, não está livre de novo aumento. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os aportes cresceram 7,6% no primeiro semestre de 2024 e foram a R$ 6,96 trilhões.

Um dado chamou atenção: do total, R$ 951,7 bilhões estão aplicados na poupança, considerada uma opção ruim de investimento. Mas o quão ruim é deixar o dinheiro “parado” na caderneta?

Uma boa forma de obter resposta é comparando a rentabilidade futura com outros instrumentos de renda fixa, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), e o Tesouro Direto. E o resultado não é nada bom para quem insiste em não desapegar da poupança.

O valor quase trilionário deixado na caderneta pelo próximo ano faria os investidores deixarem de ganhar, conjuntamente, até R$ 25 bilhões. Em dois anos, o valor deixado na mesa poderia chegar a R$ 58 bilhões, a depender do ativo escolhido.

Confira como R$ 951,7 bilhões rendem na poupança e em diferentes aplicações de renda fixa:

Ativo Total daqui a 1 ano (em trilhões) Total daqui a 2 anos (em trilhões)
Poupança R$ 1,010 R$ 1,072
CDB 100% do CDI R$ 1,033 R$ 1,128
Tesouro IPCA+ 6% R$ 1,034 R$ 1,130
LCI e LCA 85% do CDI R$ 1,035 R$ 1,127
Fonte: Calculadora de Renda Fixa do InfoMoney
*As simulações consideram aplicação em 15/08/2024, com Selic de 10,50%, IPCA de 4%., e juro real de 6% para o Tesouro IPCA+, todos em estabilidade ao longo dos períodos de investimento

Poupança

Em um ano, o valor aplicado pelos brasileiros na poupança se transformaria em cerca de R$ 1,010 trilhão para resgate, isento de Imposto de Renda (IR). Em dois anos, o valor saltaria para R$ 1,072 trilhão.

CDB

Caso seja aplicado em um CDB com remuneração de 100% do CDI, o mesmo montante se transformaria em R$ 1,033 trilhão em um ano, líquido de IR. Em dois, alcançaria R$ 1,128 trilhão.

Ou seja, renderia R$ 23 bilhões a R$ 56 bilhões a mais que a poupança.

Tesouro IPCA+

Em títulos do Tesouro Direto indexados à inflação, o valor chegaria a R$ 1,034 trilhão em um ano, já descontado o IR. Em 24 meses, a aplicação alcançaria R$ 1,130 trilhão. O retorno considera um título com juro real de 6%, oferecido nesta quinta-feira (15) pela NTN-B mais curta, com vencimento em 2029.

Em relação à poupança, entregaria de R$ 24 bilhões a R$ 58 bilhões a mais.

LCI/LCA

Já aplicado em letras de crédito imobiliário ou do agronegócio, que são isentas de IR, o valor quase trilionário alcançaria R$ 1,035 trilhão em um ano, em um papel com rendimento de 85% do CDI. Em dois anos, chegaria a R$ 1,127 trilhão.

Dessa forma, as LCIs e LCAs pagariam R$ 25 bilhões a mais que a caderneta em um ano, e R$ 55 bilhões adicionais em dois.

As simulações consideram aplicações em CDB com remuneração de 100% do CDI, Tesouro IPCA+ com 6% de juro real (além da inflação) e LCA/LCI a 85% do CDI. Os valores são líquidos de impostos, incluindo para os ativos não isentos (CDB e Tesouro IPCA+).

É importante lembrar que CDB, LCI e LCA são considerados investimentos de baixo risco, mas contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil, por CPF. Já o Tesouro IPCA+ não tem cobertura do FGC, mas possui risco soberano – ou seja, o risco de o País não honrar com os pagamentos.

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