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IPCA, reunião de Haddad com Alcolumbre, Powell no Congresso e mais destaques

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira (11) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, que mede a inflação oficial do país. A prévia do índice (IPCA-15) registrou alta de 0,11%, impulsionada pelo aumento nos preços dos alimentos, com destaque para o tomate (17,12%) e o café moído (7,07%). O governo diz que estuda medidas para conter a alta, incluindo redução de alíquotas de importação.

Nos Estados Unidos, o mercado acompanha o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, perante o Congresso americano a partir das 12h (horário de Brasília). Investidores também aguardam a divulgação dos estoques de petróleo pela API, às 18h30, que pode impactar os preços da commodity e o câmbio global.

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

O presidente Lula inicia sua agenda às 10h com a abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Às 15h, ele se reúne com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, no Palácio do Planalto. Em seguida, às 15h30, participa de uma reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

Já Haddad tem encontro marcado com Davi Alcolumbre, Presidente do Senado a partir das 14h.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de audiência com José Manuel Barroso, Presidente do Conselho Internacional do Goldman Sachs International, e Paula Penna Moreira, Managing Director. Mais tarde, Galípolo tem reunião com João Pedro Barroso do Nascimento, Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambos os compromissos são fechados à imprensa.​

Brasil

9h – IPCA

EUA

18h30 – Estoques de petróleo (API)

Internacional

Tarifas sobre aço e alumínio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país. A decisão afeta diretamente o Brasil, que é um dos principais fornecedores desses produtos para os EUA.

Fracasso

Essa não é a primeira vez que Trump adota medidas protecionistas contra o Brasil a partir da taxação do aço. Em 2018, ele impôs tarifas semelhantes, mas recuou parcialmente ao estabelecer cotas para o Brasil. Em 2019, ameaçou restaurar as tarifas, alegando desvalorização do real. Em 2020, endureceu restrições, reduzindo cotas e elevando tarifas sobre o alumínio. As medidas foram revogadas por Joe Biden em 2022. Estudos indicam que as tarifas geraram poucos empregos na siderurgia, mas prejudicaram setores que usam aço.

Próprios interesses

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a União Europeia (UE) deve agir conforme seus próprios interesses caso os EUA imponham tarifas ao bloco. Questionado sobre retaliação, disse que a UE já enfrentou desafios similares e está preparada para reagir. Macron criticou a estratégia americana, argumentando que a China, e não a Europa, deveria ser a prioridade dos EUA. Ele defendeu que a Europa adote uma postura ativa, focando em competitividade, defesa, segurança e inteligência artificial. “Se houver desafios, discutiremos e encontraremos soluções”, concluiu em entrevista à CNN.

Economia

Gente otimista

Investidores estrangeiros estão mais otimistas com a Bolsa brasileira do que os locais, segundo pesquisa do Itaú BBA. Entre os estrangeiros, 56% têm visão positiva, enquanto em São Paulo e Rio de Janeiro prevalece a neutralidade. Utilities lideram as preferências, enquanto bancos perderam espaço e setores como varejo, consumo e educação são os mais evitados. A expectativa para os juros de longo prazo diverge: locais projetam 14%-15%, enquanto estrangeiros veem possível alívio para 12%-13%. A alocação em ações brasileiras aumentou, impulsionada por maior exposição a emergentes. No ranking de preferidas, Sabesp, Equatorial e Eletrobras lideram, com Bradesco sofrendo a maior queda.

Exportações

As exportações brasileiras de carne bovina e de frango atingiram recordes para janeiro, sinalizando um ano promissor para o setor. A carne bovina somou 209,1 mil toneladas, com faturamento de US$ 1 bilhão, alta de 11,4% impulsionada pelo preço médio. A China segue como principal destino, apesar de leve recuo nos embarques. Já as exportações de frango cresceram 9,4%, totalizando 443 mil toneladas, com receita de US$ 826,4 milhões, avanço de 20,9%. A China importou 44,3 mil toneladas, alta de 15%. O México também deve impulsionar as vendas após renovar programa de segurança alimentar.

Veículos novos

A produção de veículos no Brasil em janeiro atingiu 175,5 mil unidades, maior volume para o mês desde 2021, alta de 15,1% sobre 2024. As vendas internas cresceram 6%, e as exportações saltaram 52%, impulsionadas pelo mercado argentino. A Anfavea prevê aumento de 5,6% nas vendas, 6,8% na produção e 6,2% nas exportações em 2025. Importações cresceram 25%, elevando a participação de veículos importados para 23%. Veículos eletrificados atingiram 10% das vendas. A guerra comercial impactou exportações ao México, que caíram 80%. Estoques somaram 235,5 mil unidades, estáveis ante dezembro.

Política

Encontro de prefeitos

O Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, que ocorrerá em Brasília, a partir desta terça-feira (11), tem, entre os seus principais objetivos, preparar as gestões municipais para enfrentar mudanças climáticas, afirmou o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, em entrevista ao Repórter Brasil, da TV Brasil. Segundo Padilha, o encontro terá uma plataforma de simulação dinâmica chamada “Prefeitar”.

Resposta

O governo brasileiro estuda medidas de resposta à ameaça de Trump de sobretaxar o aço e alumínio, mas prioriza a negociação. Fontes do governo afirmam que a reciprocidade será adotada apenas se as negociações falharem. O Brasil aguarda a oficialização da medida pelos EUA antes de tomar decisões. Os ministérios analisam possíveis retaliações com menor impacto para o país. Caso Trump confirme a tarifa, Lula deve reunir ministros como Haddad, Alckmin e Mauro Vieira para discutir a reação. Em 2018, Trump impôs tarifas similares, mas negociou cotas de exportação com o Brasil.

Não procede

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou ontem que o governo brasileiro esteja avaliando taxar plataformas digitais norte-americanas se Trump oficializar o anúncio de elevar tarifas para aço e alumínio, após a informação ter sido noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo. “Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil”, disse o ministro em publicação na rede social X.

Pegou mal

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), buscou diálogo com ministros do STF, incluindo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, após a repercussão negativa de sua declaração sobre os atos de 8 de janeiro. Ele tentou esclarecer que não minimizou os ataques e defende punições, mas com penas mais brandas para quem não participou da depredação. Paralelamente, Motta firmou um acordo com a oposição bolsonarista para garantir que a votação da anistia só ocorra com consenso, evitando surpresas na Câmara. As informações são do jornal O Globo.

Liberdade de expressão

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta segunda-feira (10) uma delegação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para tratar da liberdade de expressão nas redes sociais.

A delegação, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), está no país para fazer um diagnóstico da questão e foi recebida pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que tratam dos atos golpistas de 8 de janeiro e os que suspenderam as operações da rede social X no ano passado.

Queixa-crime

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar nesta terça-feira (11) se uma queixa-crime contra o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) permanecerá sendo analisada na Corte ou será enviada para a Seção Judiciária do Distrito Federal.

Corporativo

Tim (TIMS3)

A TIM apresentou alta de 17,1% no lucro líquido normalizado do quarto trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 1,055 bilhão – maior patamar já registrado pela companhia, de acordo com o balanço publicado nesta segunda, 10. No ano, o lucro líquido subiu 6,8%, totalizando R$ 25,4 bilhões.

O lucro vem do crescimento do negócio de internet móvel – puxado pelo segmento pós-pago – e de medidas de ganho de eficiência nas operações, com melhora da margem.

(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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