
André Felipe Kod, trader, empresário e influenciador, foi o convidado do episódio 65 do GainDelas, no canal GainCast. Conhecido por operar “pesado” no mercado futuro e por ser direto ao ponto, ele falou abertamente sobre sua trajetória, erros e acertos no day trade — além de sua abordagem em relação ao gerenciamento de risco e à consistência.
Kod começou no mercado financeiro em março de 2020, no auge do pânico da pandemia. “Eu cheguei em casa e disse para minha esposa assim: ‘Olha, eu vou tirar meu dinheiro da renda fixa e vou para bolsa, porque eu não acredito que o Covid é o que todo mundo fala. E se o Covid for o que todo mundo fala, ninguém precisa de dinheiro, vai todo mundo morrer. Mas se ele não for dessa proporção e a gente escapar, a gente muda de vida’”.
Da engenharia para o mercado
Engenheiro de formação e dono de construtora, Kod conta que o mercado surgiu como uma oportunidade inesperada. No início, operava ações sem saber que fazia day trade. “Você começa a operar e aí começa a perceber que dá pra ganhar no mesmo dia”, lembra.
A migração para o índice futuro veio quando ele buscou uma comunidade de traders para trocar ideias — e todos operavam índice. “Eu comecei a me sentir aquele patinho feio. Então isso me remeteu ao índice”, diz.
Hoje, opera exclusivamente a abertura do mercado. “Eu vi um cara no Instagram falando que operava abertura. Fui conversar com ele e ele disse: ‘Eu só ensino depois das 10 h porque a abertura é volátil’.
O peso da mão
Ao contrário da maioria, Kod começou operando pesado. “O dinheiro entrou muito fácil na minha conta. Então, tudo que chega fácil, a gente não dá valor. Eu passei muito tempo operando trades que eu fazia em 30 segundos e aquilo deixava um vazio”, relata. Ele já operou com até 1.400 contratos de índice e dormiu vendido em dólar com 1.000 contratos.
Mas entendeu que volume não é sinônimo de consistência. “Quando eu passei a operar menor, eu passei a fazer mais dinheiro. Você se sente mais confortável pra carregar a operação. A mão certa é aquela que você clica e vai na cozinha pegar um copo d’água. Se você não consegue sair da frente da tela, o negócio está feio”, afirma.
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Robôs
Kod opera com automação desde 2022, mas só em 2024 passou a disponibilizá-la publicamente. O motivo da demora? Falta de confiança no próprio autocontrole diante da operação automatizada.
“Às vezes eu recebo mensagem do pessoal da (plataforma) Ontick: ‘Cara, tu viu o que teu robô fez hoje? Ele ficou 10% do stop, voltou, estava perto do preço de entrada, ficou negativo, aí pegou reta e deu gain (ganho)’. Teve cliente que desligou o robô antes e ficou no prejuízo”, conta.
Para evitar interferências impulsivas, ele criou um sistema com barreiras intencionais: “Meus robôs ficam num computador que não tem tela. Pra eu acessar o que tá acontecendo, eu tenho que entrar no aplicativo do celular e abrir o computador”.
Influência e propósito
Apesar de ter resistência inicial à ideia de virar influenciador ou lançar produtos, Kod mudou de opinião. “Me disseram uma frase: ‘Se você não der o curso, o malandro vai dar e vai ganhar o dinheiro. E o malandro não vai ensinar nada’. Cara, você é culpado do cara que te segue ter gasto dinheiro com quem não presta”, explica.
Hoje, Kod lidera uma sala ao vivo e vê nela um espaço de troca genuína. “Eu não escolhi as pessoas. Mas parece que escolhi a dedo. Estamos virando uma comunidade pra se ajudar. Isso me ajuda também”, afirma.
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